Entrevista Vô Joel

          Vô Joel, manezinho da Ilha, escritor, de uma memória extraordinária  e um bom papo. Desde a morte de sua querida Liquinha, Vó Hely,  escreveu 4 livros contando suas memórias. Passei 2 dias com ele no hospital onde se curava de uma tremenda gripe e entre muitos momentos tristes, procurei fazer a entrevista. Não pôde ser uma entrevista normal claro e passo a relatar um pouco de suas impressões de avô.

        ” A sensação de ser avô é uma sensação muito agradável, muito boa. Tenho 12 netos.  Há 33 anos sou avô, desde o nascimento da minha primeira neta Graziela. O último foi o Matheus de 8 anos, muito querido e muito esperto. É nosso mascote do Figueirense. Alguns moram muito longe mas sempre nos comunicamos. Quando pequenos sempre estávamos juntos, fazíamos muitas festas e nos reuníamos quase sempre na casa de praia. Hoje a maioria é adulto, com vida própria e sinto que estamos mais afastados. Com a morte da Liquinha um pouco deste elo também se foi. Mas lembro de muitas passagens felizes quando eu fazia pandorga para os meninos e os ensinava a empinar, contava a história dos Quatro Heróis quando dormiam lá em casa e se agarravam à Vó Hely com medo, quando fazia imitações de cantores ou de sonâmbulo pra ver a Giulinha sorrir, ou quando fazia malabarismos com laranjas para divertí-los. O que eu mais fiz foi cozinhar para eles quando me visitavam ou quando nos reuníamos. Neste último caso eles nem sempre gostavam e muitas vezes protestavam como o caso do Mocotó e então a Vó Hely os socorria. A Vó Hely era o máximo e não conheço nenhuma mais querida e amada por seus netos. Era nosso amor!! Dizem que os pais educam e os avós deseducam. Acho que é verdade. Fui muito duro com meus filhos, ralhava muito e brincava pouco pois naquele tempo a vida era dura e o tempo era curto para o trabalho e os afazeres da casa. Eu ajudava a Liquinha na cozinha e precisava ir trabalhar. Com os netos eu já fui mais light, tinha tempo pra brincadeiras e papos mas mesmo assim me dedicava muito tempo à cozinha. O que eles gostavam muito de comer era o caprichado ovos mexidos, os bifes acebolados, e o macarrão à bolonheza. Ah…e a famosa carne moída com farofa e banana, delícia da cozinha açoriana. Hoje, com eles adolecentes e adultos socorro sempre que eu posso com um dinheirinho extra pra faculdade ou pra se divertirem. Tenho muito orgulho de todos eles e de todos os meus filhos. Uma mensagem pra eles ?? Bem….Para todos voces toda a felicidade do mundo e o adeus do Vô Joel! “

 

5 comentários Adicione o seu

  1. Graziela disse:

    ADEUS?? Tais tolo neh?? #AMOMEUAVO

  2. Rita disse:

    Sr. Joel não é meu avô, mas pude vê-lo algumas poucas vezes, e o que mais admirei foi sua vitalidade, uma pessoa muito especial.

    Claudia Monaco

  3. Giulia Gargioni disse:

    Vozinho!!! Que delicia, fiquei com vontade de carne moida com farofa e banana!!! Ai que fome!!! hahahahhaa #AMOMEUAVO tambem!

  4. Gustavo disse:

    Aê…. carne com farofa e banana TOTAL DESTRUCTION!!!! Vô quando é que você vai casar, heim!? Te amo, felicidades no seu aniversário de 82 (28 ao contrário)… e nos vemos por aí…

  5. Aiessa disse:

    Na minha infância boa parte das férias de fim de ano ocorria na praia dos ingleses na casa da “Tia Rita”…bem do ladinho da casa do vô Joel e vó Hely. Quanta saudade!!!! Me lembro bem dos almoços cheios de gente e regado à muuuuuuita alegria! Apesar de não ser neta…tenho vcs no meu coração!

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