Há tempos que penso se devo fazer algo por meu rosto. Até pensei numa plástica mas vi tantos rostos familiares ficarem esquisitos que desisti. Acho que me sinto bem com minhas ruguinhas. E assim como meus cabelos brancos, acho mesmo que assumirei minhas linhas do tempo também. Mas um trato sim. Afinal algumas manchinhas surgiram e a pele já não está tão bonita. Procurei uma dermatologista e me atualizei nos tratamentos possíveis para que, sem nenhuma modificação em minhas linhas, eu pudesse ter uma aparência saudável e bonita. “Tirar a craca sabe?” Uma simples limpeza de pele nem sempre resolve e resolvi encarar a aplicação de laser com CO2.

Para quem quiser saber minha experiência, seguirá o que me acontece no dia a dia.

Procedimento –  Saí de casa já com um creme anestesiante no rosto e fui sentindo ele ficar estranho. Tomei remédio para dor 1 hora antes e um anti viral. Chegando ao consultório às 13 horas, Dra. Kátia, já me aguardava. Retocou meu creme e depois de uns 15 minutos conversando sobre amenidades, lavei meu rosto. Já não o sentia direito, que bom!! Deitei numa cama num ambiente bem agradável e confortável. Uma auxiliar bem simpática também estava a postos com uma espécie de aspirador inverso que soltava um ar geladinho que alivia a sensação de queimação ou calor durante a aplicação. Dra. Kátia começou devagar, sempre conversando suavemente e me entreguei com fé totalmente confiante. Não consigo explicar como é a dor realmente….talvez choques leves e completamente suportáveis. Em alguns momentos tive um pouco de aflição mas consegui me controlar. A sensação de calor no rosto era enorme mas suavizada pelo ar geladinho que a Dora aplicava. Quando achei que iria entrar em pânico elas foram tão amáveis e competentes que logo desisti e voltei ao normal. Ao terminar a aplicação do CO2, o arzinho continuou por uns 20 minutos, até que eu não sentisse mais a tal queimação. Dra. Kátia, uma querida, segurou minha mão e conversou comigo suavemente todo o tempo, me transmitindo confiança e carinho. Eram 14 horas quando saí de lá muito bem, apenas claro, com uma suave quentura no rosto. Dirigi normalmente até em casa.

Em casa no primeiro dia – Seguindo todas as orientações corretamente, fui descansar em meu quarto escurinho, ao som da chuva que caía lá fora. Este tempinho está sendo providencial. Nada de sol e nenhuma vontade de ir pra rua. Eu tinha deixado tudo organizado para que não tivesse muito trabalho com alimentação de meus amores pelos próximos dias. Deveria ficar em casa uns 4 ou 5 dias para não espantar ninguém nem correr riscos …. Estava um pouco inchada mas nada demais. E um pouco vermelhinha.

Acordando no outro dia – Me olhei no espelho e me senti a própria FOFÃO!! Quem se lembra? Já estava preparada para este visual, então sorri e fui tomar um café com meus queridos. Eles não se espantaram muito não. Até me animaram dizendo que eu iria ficar linda. Eles são muito especiais mesmo. Bem, a sensação é só de inchaço mesmo, sem dor alguma nem calor no rosto. A pele está grossa como uma lixa. Meus olhos também ficaram bem inchados, como se eu tivesse chorado a noite inteira. Mas nada que me impeça de fazer as coisas. Apenas devo fazer tudo calmamente e pouco computador por causa da luz que dele emana. Portanto, por hoje paro por aqui. Amanhã escrevo mais…. beijos

Segundo dia – O dia foi tranquilo, a pele está uma verdadeira lixa e o rosto foi desinchando. Sem problemas ou dores. Fiquei em casa, fiz algumas coisas, recebi a visita da Vovó Vera que veio me distrair. Planejamos e vimos alguns moldes para o projeto Natal do patchwork. Foi ótimo.  Boa noite à todos…

Terceiro dia – Acordei bem, sem grandes inchaços mas sentindo uma certa ardência. Vamos ver como fico ao longo do dia ….. Usei bastante creme, hidratei bastante e passei muito bem, indo dormir tranquila. Pele áspera ….

Quarto dia – Há momentos em que nem me lembro. Coceirinhas de vez em quando. E para não coçar e me machucar, aparei bem as unhas e procuro manter as mãos sempre ultra limpas. Sem querer a mão está sempre no rosto. No mais tudo ótimo. Me reuni com as amigas da Confraria de São Paulo e muitas nem notaram nada. Ufa… Boa noite…

Quinto dia – Ainda meio craquenta, fui para um restaurante com minhas amigas. Nada sinto a não ser que eu toque no rosto. Há uma sensação que estou cheia de areia fina. No mais, ninguém que não me conhece nota. Aviso quando a pele estiver limpa novamente. Tomara que não demore muito. E amanhã tenho uma festa junina. De dia…aiai

Vovó Rita

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