Hoje acordei cedo e ao trabalhar sobre o Regulamento da Confraria, percebi que estamos focando em nossos prazeres e alegrias de vovós. Claro que este é e sempre será nosso objetivo no site. Não se conter perante a enorme emoção de vivermos e sermos vovós. Porém,  ao longo deste período que venho tendo contato com os avós, percebi alguns comentários que realmente me deixaram preocupada com minha função de manter este site como um real porta voz de nossos amigos vovós. E aqui vão alguns comentários que fui anotando em minha memória:

– De um vovô: ” Ela agora só dá bola pro neto “

– De outro vovô “Agora que poderíamos aproveitar e viajar, a preferência dela é ficar com as netas”

– De mais um vovô ” Agora estou sempre sozinho em casa. Ela vai pra casa da nossa filha todos os dias cuidar dos netos”

– De uma filha ” Minha mãe tem obrigação de ficar com meus filhos, sou filha única e ela não faz nada na vida!”

– De outra filha ” Nem fui procurar escola, dei logo pra minha mãe cuidar para eu voltar a trabalhar. É muito melhor para meu bebê”

– De mais outra filha ” Minha mãe fica cansada mas não posso fazer nada. Ela TEM que me ajudar!”

– De um genro – “Não gosto da minha sogra lá todos os dias, mas fazer o que né? É o jeito, uma hora acaba”

– De uma vovó ” Ando exausta, não tenho mais vida própria, mas minha filha precisa”

– De outra avó – “Deixo minha mãe velhinha sozinha todos os dias pra ficar com meus netos. E minha filha mora longe. Ando 2 horas no trânsito pra ir e 2 pra voltar todos os dias”

– De mais uma ” Não faço mais nada, só cuido de neto”

E ouvi coisas no outro extremo:

– De uma filha:- “Minha sogra que mora perto nem quer saber. Nunca me ajuda ou fica com minha filha. Parece que odeia a neta.”

– De outra: – ” Minha mãe tem a vida dela e nunca tem tempo, nem quando preciso. Ela diz que se virou e agora é minha vez”

– De uma avó – ” Se virem, eu me virei!”

– De outra – ” Queria ajudar mas meu marido não deixa”

– De outra ainda – ” Não suporto mas sou obrigada”

Mas também ouvi muitas dizerem e isso me aliviou:

– De uma filha ” Só chamo minha mãe quando preciso mesmo, pois ela tem a vida dela e quero que seja sempre um prazer”

– De outra filha ” Não quero que a mãe deixe o pai pra ficar com o Zezinho. Ele vai pra escola e quando precisar eu vejo se ela pode”

– De um genro ” Minha sogra é o máximo. Sempre nos socorre nos momentos complicados”

– De um filho “Minha mãe gosta mas se cansa muito coitada. Temos que achar uma escola boa logo”

– De outra filha ” Minha mãe se dedica aos netos 1 vez por semana. E meu pai curte junto. Eles vão da escola direto pra casa deles”

– E de outra ” Tenho uma babá mas minha mãe fica de olho, vai até lá de vez em quando pois mora perto…”

Como em tudo na vida deve haver o equilíbrio não é mesmo? Nosso amor por eles não pode estar acima de nossa vida própria e não pode ser uma prisão eterna. Não pode ser uma finalidade de vida e sim uma fonte a mais de prazer e realização. Afinal, só podemos dar o que precisam se estivermos bem e felizes com nossa própria vida. Ou que esta fonte de amor nos torne ainda melhores e com nossa vida mais prazerosa. Temos que nos alimentar em outras fontes também e temos que encontrar neste amor incondicional forças para tornar nossas vidas mais brilhantes. Olhar no espelho todo dia e pensar com um sorriso nos lábios que estamos mais bonitas e mais fortes.

Vovó Rita

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