De neta para avó

Não sou mais criança (aliás faz tempo), mas acho que todo mundo tem boas lembranças de suas avós. Eu não seria diferente. Já não tenho mais minha avó por perto, mas me lembro com carinho que ela era uma pessoa muito esperta e ao mesmo tempo que ficava sentada fazendo toalhinhas de crochê, ela também trabalhava pra fora fazendo lindos bordados à maquina (de pedal) em toalhas enormes para igrejas católicas, lenços de cabeça para muçulmanas, ela era bem democrática.

Quando eu era pequena morávamos em cidades diferentes e adorávamos quando ela vinha à nossa casa, de ônibus, com toda sua independência feminina. Ficávamos ansiosas, eu e minha irmã, para saber o que ela traria em sua sacola mágica, quando chegava ia tirando as coisas, como um mágico que tira as coisas de sua cartola. Às vezes nos trazia roupas, às vezes algum biscoito gostoso, sempre tinha alguma coisa para nós, a surpresa era sempre gostosa. E quando íamos à sua casa aos domingos, o prato que nós pedíamos era o mais simples e o mais gostoso de todos: arroz, feijão e batata frita ou assada. Um almoço simples, mas que com seu tempero especial e todo seu amor se tornava um banquete. Nunca nos esquecemos do seu tempero. Por isso recomendo: cuidem bem de suas avós, para quando crescerem terem boas lembranças.

Claudia, São Paulo/SP

1 comentário Adicione o seu

  1. Giulia disse:

    Ai que linda!!! Que saudades da minha avó, Cláudia… No meu caso sempre pedia bife à milanesa, que delicia! Agora quem faz é a minha mãe… Fazer o que, né? rsrsrsr
    Beijao!

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