Vó Hely

Dia 27 de setembro de 1952. Casava uma das moças mais formosas da época.  Nossa Vó Hely. Mulher de uma geração que começou a “trabalhar fora”, a ser dona do seu nariz e ter uma vida independente e não depender de marido.  “Liquinha” como era chamada carinhosamente pelo “Jel” teve 6 filhos e 12 netos. Teve ajuda da querida irmã, nossa querida Tia Nadir, para cuidar de seu filhos enquanto trabalhava. Naquele tempo encontrava-se irmãs dispostas a este tipo de ajuda, que máximo! Vó Hely era nossa árvore frondosa, para onde corríamos sempre e sentávamos à sua volta para receber carinho, risadas, e lições de vida. Nunca a vimos falar mal da vida alheia, criticar um filho ou um conhecido.  Sempre defendia a todos, sempre achava um motivo, sempre via o outro lado e sempre nos mostrava que deveríamos olhar para o lado bom pra ser feliz. E ela sempre nos uniu….. À ela nossa oração no dia de hoje, nossa saudade, nosso eterno amor.

Depoimento dos netos e filhos:

“Como neta mais velha me sinto privilegiada por ter sido a neta que mais tempo teve para receber seu amor e seu colo confortável e carinhoso. Ela deixou uma saudade enorme na gente…”

Minha mãe Hely

Minha mãe não cozinhava muito bem, muito menos era uma doceira de mão cheia, só costurava o trivial, bordar nem pensar, não era uma mãe melosa, mais ela era disciplinadora, cumpridora de suas obrigações e extremamente correta em suas atitudes e por tudo isso Dona Hely era a melhor mãe do mundo.

Bruno

3 comentários Adicione o seu

  1. Graziela disse:

    Que lindo! :)

  2. Marina disse:

    Deixei passar o prazo, mas escrever algo da vó Hely nunca é tarde….
    Ah que saudades…. infelizmente são tempos que não voltam, eternizados apenas em nossas mentes!
    E como se eternizam…
    Não sei se hoje passo algum dia da minha vida sem pensar nela, uma imagem, algo que me remeta e me traga de volta alguma lembrança feliz.
    Minha querida vozinha….
    dela posso dizer que herdei muitas coisas… dentre elas, o amor pelo português, o gosto pelas tortinhas do Mc donalds, as bochechas, a vaidade e a distância da cozinha.
    Me ensinou a ver as horas, amarrar o cadarço e não apenas amarrar, mas ser a primeira da turma do colégio a saber amarrar!
    Se eu pudesse realizar um único desejo hoje, era poder apresentar aquele que será o homem da minha vida, pois infelizmente ela se foi sem que ele pudesse conhecer essa nossa joia rara.
    O que me conforta é saber que hoje ela está olhando por mim, abençoando esse meu amor e torcendo pela minha felicidade!

  3. Leonardo Ventura disse:

    Depois de ler teu comentario dizendo que a vó não cozinhava muito bem, lembrei de uma:
    …Giulinhaa, vamos pedir sopa de Letrinhas pra Vó…
    Hahaha! Saudade da Vó Hely!

    “Liquinha, prepara o cafofo que o Léo vai dormi aqui!”

    Beijos!

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