“Barba de Velho” para meu Presépio

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Já era final de tarde e nuvens negras rondavam o céu quando nos despedimos da Zê e Bruno no sítio. As crianças dormiam preguiçosamente no sofá e a rainha mãe acabava seu café. Foi muito gostoso passar o dia com eles e estávamos felizes.  Quando começamos a prestar atenção naquele caminho lindo do interior do interior, vimos muitas barba de velho, o que me lembrou os idos tempos dos Natais na Bocaiúva. Os presépios eram lindos e cheios de barba de velho e luzes coloridas.  Neve nem falsa.

Resolvemos parar em uma curva para pegar um pouco para nosso presépio deste ano. As crianças iriam adorar este novo adorno. Tinha tanta Barba de Velho que animados pegamos bastante e colocamos atrás do meu assento no carro. Não podíamos nos demorar muito pois as nuvens negras chegavam cada vez mais perto de nós. Ainda tínhamos que parar na casa da Tina para lhe dar um abraço antes que chegássemos no asfalto com segurança. Quando saímos da Tina e retomamos a viagem começamos a ver uma aranha aqui, outra lá e achamos muito estranho aquela aparição repentina. Cada vez apareciam mais e mais eu ia matando com um papel. Quando chegamos no asfalto a chuva caiu com força e a escuridão tomou conta de tudo. E mais aranhas foram aparecendo ainda mais. Com aquele ambiente tétrico nos demos conta da “barba de velho”. Já não tínhamos como parar naquele momento pra dar um jeito e tivemos que continuar andando. O trânsito estava um caos e os precários acostamentos estavam com areia e entulhos dos morros. Um perigo. E as aranhas vinham em bando, subiam pelo meu banco, entravam pelo meu cabelo e chegavam no meu rosto. Eu gritava e jogava-as longe. Vinham pelo vidro, pelo freio e por tudo. Foram 2 horas aterrorizantes e não conseguimos parar até chegar em casa. Eu apostei 10 no viado e fui direto pro chuveiro. Meu querido marido ficou com a função de cuidar da barba de velho e salvá-la, bem como dedetizar o carro. Tadinho… Ainda bem que não somos alérgicos! Nunca mais reclamo que não tive uma festa de Halloween!! E Natal com barba de velho terá sim. E ficará lindo sem aracnídeos.

Beijinhos

Vovó Rita

Devido a empolgação e o tempo esqueci da foto. Esta que coloquei tirei na internet e é de Luiz Filipe Varella.

5 comentários Adicione o seu

  1. Bruno Fernando Lopes Ventura disse:

    Hahahahah
    Só tu mesmo.
    Nunca tinha visto aranha em barba de velho, mas realmente deve ser um ninho maravilhoso para elas.
    Quando as aranhas, se viram no carro, quentinho e sequinho (aqui está chovendo a 60 dias)
    devem ter pensado, estamos no céu e saíram para conhecer o novo ambiente.
    Hahahahaha
    Abraço mana, voltem sempre

  2. Bruno Fernando Lopes Ventura disse:

    Rita essa tua crônica está ótima.
    Muito bem retratada a situação e até comica.
    Eu fico imaginando como não deve ter sido engraçada a cena de vcs puxando a Barba de Velho.
    Com certeza seus netinhos irão gosta muito.
    Outra coisa que convido e ir daqui umas duas semanas no sítio pegar vagalumes e colocar no vidro para nossos netos apreciarem, lógico logo em seguida soltaríamos todos.
    São situacoes da nossa infância que aos poucos podemos resgatar e sem contar das cigarras e suas cantoria que são próprias dessa época.
    Foi muito gostoso o dia com vcs e nossos pais.
    Amei

  3. Maria Ze disse:

    Muito legal sua crônica Rita.
    Realmente tempo fechado como foi o dia inteiro. Mas, naquele momento em que vcs saíram parecia que iria ficar pior.
    Mas… No interior e sempre assim parece que tudo é mais intenso.
    Eu fico a imaginar a cena engraçada que deve ter sido vc é Tarcísio puxando as barba de velho e claro aterrorizante as aranhas aparecendo de vez em quando.
    tenho certeza que esta barba de velho deve esta super higienizada esperando os netinhos para montar o Presépio.
    Espero vcs mais vezes com os netinhos para quem sabe pegarmos cigarras e vagalumes para as crianças conhecerem.
    Bjs e vamos repetir outras vezes.

  4. Dete disse:

    Eram as bruxas soltas. Kakakakaka

  5. Texto muito lindo e sensível, o qual tive a felicidade de poder ilustrar com uma foto de minha autoria. Lembrei de minha mãe e as coisas que fazia por nossa casa em datas como o Natal. Obrigado Vovó Rita por tão lindas letras, e por ter creditado a foto. Isto não é todo mundo que faz. Abraço.

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