Passamos grande parte da nossa vida em função de filhos, casa, compras, levar e buscar, marido, compromissos e muito muito mais. Depois dos 50 a vida amansa, os hábitos mudam e de repente nos olhamos e nos damos conta que estamos abertos para a liberdade de fazermos o que queremos, a coragem de sermos nós mesmos sem culpa, a opção de escolha de nossos rumos e atos. E é neste momento em que parece que vivemos em câmera lenta, que nos permitimos olhar mais para as flores e paisagens, para o colorido das coisas e nos atentar para tantas oportunidades de sermos felizes com pequenas coisas. Até nos aventuramos nos artesanatos de todos os tipos, na jardinagem, nos cursinhos extras. Muitos desejos e sonhos armazenados, outros nem pensados.   Hoje sem grandes pretensões e começando de mansinho nos descobrimos capazes de feitos incríveis. E aí sim, nossa mente se abre, a imaginação aflora e voltamos a nos sentir leves e soltas. Criatividade em todos os aspectos sob todos os ângulos.

Achando graça de tudo isso e comentando com uma amiga, ela disse: “Andas tomando muito ginko biloba!!”  Ahahahah…

E um pouco mais sério … Muitos anos atrás, conversando com minha irmã eu dizia que eu achava que usava muito pouco o meu cérebro. Que a vida me levava e eu não tinha tempo de usá-lo como queria. Que não poderia morrer cedo, tinha muito o que fazer com ele ainda.  Hoje, me sinto como se tivesse aberto a porta da cachola para que ela me conduza a novos prazeres, novas realizações. Um novo ciclo que te dá a chance de uma nova vida.

Vovós! Coragem!

Vovó Rita